Pandemia faz aumentar interesse por carro próprio

Se todas as tendências do mercado apontavam por modais de transporte mais coletivos ou compartilháveis, após o surgimento da pandemia, algo mudou. Um novo conceito de valor foi incorporado pela sociedade, o de ambiente saudável. E o interior de um veículo próprio é hoje o símbolo de maior garantia para isso quando se é preciso se locomover de um pouco a outro na cidade ou entre cidades.

Uma pesquisa realizada na China logo após a pandemia da Covid-19 ser estabilizado no país, demonstrou que o consumidor chinês foi profundamente afetado pelo coronavírus e isso deve impactar as vendas de automóveis.

A pesquisa comparou os perfis dos consumidores antes e depois do surto do Covid-19 na China e verificou o seguinte:

•          Dos que não tinham carro, apenas 34% considerariam adquirir um nos próximos seis meses.

•          Após o vírus, esse índice aumentou para 66%. Dos que faziam a primeira compra, 77% alegou o temor de contaminação no transporte público.

•          56% daqueles que usavam o transporte público (ônibus e metrô) disseram que continuariam a utiliza-lo no semestre adiante, mas depois do Covid-19, apenas 24% destes continuarão nos coletivos.

•          Aqueles que consideravam o táxi nos próximos seis meses, caiu de 21% para 15%.

•          Já em relação à locação ou car sharing, estes subiram de 3% para 5%.

Na preferência geral por automóveis, o principal argumento para compra é um interior considerado saudável, sendo o desejo de 69% dos consultados, superando segurança e qualidade, que ficaram com 64% e 63%, respectivamente.