Não deixe que as parcelas do seu carro lhe tirem o sono. A inadimplência é um perigo que deve ser encarado rapidamente. Se o financiamento de seu carro se tornou um problema, saiba como lidar com a situação, se desapegando do bem adquirido mas não totalmente pago.
No Brasil, o financiamento ainda é um dos principais meios para se conseguir adquirir um bem de valor algo, como o carro. Seis de cada dez compradores utilizam essa modalidade de compra, de acordo com a Associação das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef).
Conseguir pagar as parcelas do financiamento, no entanto, pode ser bem mais difícil do que o planejado, principalmente no cenário de crise econômica e de agravamento com a atual pandemia do novo coronavírus.
Entretanto, cuidado ao não pagar as parcelas do financiamento. É um erro grave esperar a dívida aumentar, na crença de que o problema é temporário e em breve irá conseguir sanar a situação.
Esta espera pode gerar um endividamento quase impossível de ser quitado. O ideal é se tomar uma providência assim que houver inadimplência, principalmente após a verificação que o valor comprometido com as parcelas não existe mais ou deixou de ser uma prioridade do orçamento doméstico.
A impossibilidade de quitar as parcelas realmente tiram o sono de uma pessoa. Pois em caso de inadimplência, após alguns dias de atraso no pagamento, já podem começar a chegar as ligações de cobrança das instituições financeiras. Se a situação não é resolvida, os primeiros danos são a inserção do nome do devedor no SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), chegando até a ocorrer a apreensão do veículo.
Entre as consequências de se ter o “nome sujo” é o sofrimento com a impossibilidade de fazer compras parceladas, novos financiamentos ou empréstimos, e até mesmo conseguir se complicar para conseguir um novo emprego.
As alternativas existentes nesta situação podem ser desde a devolução do veículo ou até renegociar da dívida. O problema com estas medidas é que ou fazem perder parte do que foi investido ou apenas fracionam e alongam um compromisso financeiro que já não se encaixa mais no orçamento da pessoa.
A terceira opção, menos dolorosa, é vender o veículo para transferir o financiamento. Essa possibilidade consiste em transferir a responsabilidade pelo restante do financiamento, vendendo o veículo. Uma vez que pode não ser fácil encontrar um comprador disposto a assumir esse compromisso financeiro.
Mas para isso, cuidado, o comprador do veículo, por exemplo, deverá ser submetido à análise de crédito para comprovar que pode assumir o financiamento. Caso não seja possível fazer isso, dependendo do valor devido, pode ser mais vantajoso vender o veículo à vista, e quitar a dívida do financiamento.
Assim, o veículo poderá ser transferido sem dívidas. Isso só será possível, no entanto, se a pessoa interessada em adquirir o veículo confiar que a transferência será realizada após a quitação do financiamento.
